Quando conseguimos penetrar nos olhos do ser humano podemos nos deixar levar nos sentimentos que os seus olhos expressam.
Os olhos dos aflitos são diferentes dos olhos de uma pessoa radiante de felicidade. O olhar de ingenuidade e de pureza de uma criança difere muito do olhar malandro de quem quer sair ganhando com suas atitudes. E assim vai... cada olhar uma sentença! Cada sentença a expressão da verdadeira emoção sentida por aquela pessoa, naquele momento.
Pessoas ansiosas, gritam ajuda através de seus olhos. Não agüentam tanta angústia, tanta energia mal gasta, tanto pensamento não concretizado em ações. Já as pessoas depressivas praticamente não demonstram brilho no olhar. Apenas olham por necessidade, para sobreviver, mesmo que muitas vezes a vontade seja de se desligar do mundo.
Os olhos desorientados de uma pessoa em plena loucura expressa à desestabilidade emocional em que ela se encontra. Às vezes é preciso contê-la para que volte seu olhar devagarinho para si mesma e para o que está ao seu redor.
E os tímidos então? Que olhar gostoso! Envergonhado...olham para um lado, para o outro, evitando olhar para a situação que lhe afligem com medo de errar. Mas quem de nós não erra muitas e muitas vezes ?
Aiaiai... e aquela pessoa de olhar de superioridade? Muitas vezes mostra-se como uma barreira, para que não consigamos enxergar que ela também é gente como a gente: chora, ri, sente frio, calor, fome, carinho, amor, raiva.
Acredito que a partir do dia que o ser humano deixar de visualizar o outro pela forma de se vestir e de se portar e começar a observar o olhar de cada pessoa, o mundo será mais sensível, mais condizente com as necessidades de cada um. O aconchego e a segurança de que tudo acabará bem,que os depressivos precisam, é diferente da sintonia com o acalmar a respiração e o coração que o ansioso necessita. O que é importante para os meus olhos, não é para os seus. Perceberá assim, que para aquietar a mente, seus olhos precisam aproveitar e admirar cada acontecimento, sem pensar sempre no depois! Sem agora não há nunca um bom depois! Para isto, basta olhar!
autora: Marina Kimak Salmória
Crise dos 30 anos!
Vivemos movidos a um inconsciente coletivo, a um conceito comum construído ao longo de gerações sobre qual é a maneira correta de agir e de ser em determinada faixa etária. Na infância, o saudável é brincar e ter uma estrutura familiar bem consolidada que nos eduque com qualidade e sem traumas. Na adolescência, esperam que haja o contato com a liberdade de escolhas com responsabilidade, evitando assim a caída em más companhias ou em más costumes ou no "comodismo". Passamos por esta fase, temos então que escolher nossa profissão e nos é permitido experimentar paixões, sonhos, amores, desafios...É permitido errar. É permitido recomessar. Curtimos essa fase com todo o entusiasmo e a vorassidade de um jovem. Derepente, ao conversar com amigos e colegas de trabalho, começamos a perceber as diferenças de direcionamento de vida e nos julgamos pelas nossas escolhas. Percebemos que não temos mais vinte anos e que algumas coisas mudaram, e como mudaram! Outras coisas não mudaram, ou retrocederam. No olhar do outro, mas principalmente no nosso próprio olhar nos julgamos percebendo que não atingimos todos os nossos sonhos e que estamos muito diferentes do que idealizamos ao longo de nossa vida e diferente do que nossos pais, familiares e amigo esperavam de nós. Alguns tem motivos para comemorar, pois estão mais realizados do que nunca, mas muitos estão desestruturados em um ou mais aspectos de suas vidas.
Bem-vindo aos 30 anos! Bem-vindo ao clube dos "balzaquianos"! Tudo isso acontece porque 30 anos é sinônimo de maturidade e maturidade é "um dever natural que o homem tem de se completar, naquilo que foi deixado ao seu arbítrio realizar para finalizar o seu projeto humano"(Rubem Queiroz Cobra, 2008). Nos exigimos estar completos e corretos aos 30 anos e para o inconsciente coletivo, correto é estar bem sucedido profissionalmente e financeiramente, casado, com filhos.... então sofremos, porque percebemos que não estamos 100% maduros, às vezes não estamos nem 10%. Nos cobramos porque não nos permitimos pensar que maturidade é ter a capacidade de viver em paz com o que não se pode mudar. É ter paz de espírito para deixar a vida fluir, para deixar as coisas acontecerem. Quanto mais exigimos nossa imposta maturidade mas distante estamos dela, mas longe estamos do nosso encontro com nós mesmos, pois vivemos em função de agradar o que a sociedade espera de nós.
Ser maduro é perceber que um ser humano é diferente do outro e que se um tem filhos, é casado e bem sucedido, o outro não é menos capaz e menos maduro só porque não está 100% completo naquilo que lhe é imposto. Maturidade é passar pelos 30 anos e olhar para dentro de si mesmo e perceber o que você contribuiu e pode contribuir na sua vida e na vida social sem perder sua identidade, suas vontades e desejos. Maturidade é saber lutar pelo que te faz bem e não pelo que é bom para "os outros".
A crise dos 30 anos é saudável se não for um martírio e uma auto-punição, mas sim, um momento para reprogramar como será sua vida daqui para frente pensando no seu bem-estar. Isto não é questão de egoísmo, mas sim de respeito a si mesmo!
autora: Marina Kimak Salmória
Assisti a uma palestra nessa semana onde o tema era FELICIDADE. Achei belíssimo o texto que a palestrante leu antes de iniciar seu discurso. Solicitei a ela uma cópia para postar aqui no blog. Espero que gostem e que reflitam sobre o assunto. Infelizmente o autor é desconhecido, caso alguém seja ou conheça o autor por favor me comuniquem para que eu possa postar.
"Ser Feliz
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode evitar que ela vá a falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse que ser feliz não é ter o céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilos nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios.
Ser feliz não é uma obra do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
Ser feliz é atravesar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma e agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
É não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesma.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para perceber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar o marido, os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem...
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz, que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaixonada pela vida, e descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância, usar as perdas para refinar a paciência, usar as falhas para esculpir a serenidade."
Autor desconhecido