28 de mar. de 2011

Crise dos 30 anos!



Vivemos movidos a um inconsciente coletivo, a um conceito comum construído ao longo de gerações sobre qual é a maneira correta de agir e de ser em determinada faixa etária. Na infância, o saudável é brincar e ter uma estrutura familiar bem consolidada que nos eduque com qualidade e sem traumas. Na adolescência, esperam que haja o contato com a liberdade de escolhas com responsabilidade, evitando assim a caída em más companhias ou em más costumes ou no "comodismo". Passamos por esta fase, temos então que escolher nossa profissão e nos é permitido experimentar paixões, sonhos, amores, desafios...É permitido errar. É permitido recomessar. Curtimos essa fase com todo o entusiasmo e a vorassidade de um jovem. Derepente, ao conversar com amigos e colegas de trabalho, começamos a perceber as diferenças de direcionamento de vida e nos julgamos pelas nossas escolhas. Percebemos que não temos mais vinte anos e que algumas coisas mudaram, e como mudaram! Outras coisas não mudaram, ou retrocederam. No olhar do outro, mas principalmente no nosso próprio olhar nos julgamos percebendo que não atingimos todos os nossos sonhos e que estamos muito diferentes do que idealizamos ao longo de nossa vida e diferente do que nossos pais, familiares e amigo esperavam de nós. Alguns tem motivos para comemorar, pois estão mais realizados do que nunca, mas muitos estão desestruturados em um ou mais aspectos de suas vidas.

Bem-vindo aos 30 anos! Bem-vindo ao clube dos "balzaquianos"! Tudo isso acontece porque 30 anos é sinônimo de maturidade e maturidade é "um dever natural que o homem tem de se completar, naquilo que foi deixado ao seu arbítrio realizar para finalizar o seu projeto humano"(Rubem Queiroz Cobra, 2008). Nos exigimos estar completos e corretos aos 30 anos e para o inconsciente coletivo, correto é estar bem sucedido profissionalmente e financeiramente, casado, com filhos.... então sofremos, porque percebemos que não estamos 100% maduros, às vezes não estamos nem 10%. Nos cobramos porque não nos permitimos pensar que maturidade é ter a capacidade de viver em paz com o que não se pode mudar. É ter paz de espírito para deixar a vida fluir, para deixar as coisas acontecerem. Quanto mais exigimos nossa imposta maturidade mas distante estamos dela, mas longe estamos do nosso encontro com nós mesmos, pois vivemos em função de agradar o que a sociedade espera de nós.

Ser maduro é perceber que um ser humano é diferente do outro e que se um tem filhos, é casado e bem sucedido, o outro não é menos capaz e menos maduro só porque não está 100% completo naquilo que lhe é imposto. Maturidade é passar pelos 30 anos e olhar para dentro de si mesmo e perceber o que você contribuiu e pode contribuir na sua vida e na vida social sem perder sua identidade, suas vontades e desejos. Maturidade é saber lutar pelo que te faz bem e não pelo que é bom para "os outros".
A crise dos 30 anos é saudável se não for um martírio e uma auto-punição, mas sim, um momento para reprogramar como será sua vida daqui para frente pensando no seu bem-estar. Isto não é questão de egoísmo, mas sim de respeito a si mesmo!

                                                                                         autora: Marina Kimak Salmória

3 comentários:

Unknown disse...

Ótimo Má, estou bem nessa, aiaiai os 30!!!!

Um bj

Ayrton disse...

texto bom, mas "recomessar" doeu...

Anônimo disse...

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